Amor

sábado, 31 de agosto de 2013



Admito que queria tê-lo completamente dentro de mim. Até nossos corpos se encharcarem na mais pura forma de amor, uma repetição das imagens que tenho em minha mente.

Ver o prazer refletido em seus olhos, sentir suas mãos me estimulando e doar minha inocência a você me dariam uma satisfação tão completa que eu esqueceria os meus medos. Só te abraçaria e me entregaria sem reservas, como uma boa aluna prestes a ficar má.

Nossa dança duraria a noite inteira e eu aprenderia os seus passos ou criaria novos. Impregnada da sua pele, decoraria seu cheiro de homem nu. Toda a excitação traria mais excitação, uma casa feita somente de desejo.

E você se enroscaria em mim antes de penetrar-me, apalpando, mordendo e tocando minhas partes mais sensíveis, para em seguida eu fazer o mesmo. Quando a dança chegasse ao último passo, estaria esgotada, transbordando em algo que nem sabia conter.


Meu corpo tornar-se-ia, assim, uma extensão do seu.

Projeto de Divulgação

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Olá!
Hoje vim aqui para falar de um projeto muito legal, proposto pela Sarah Vitoria, do blog Nerd Com Chiclete. O projeto, em resumo, é isso: um blog faz um post divulgando outro, em parceria. Quem quiser participar, é só deixar o link do seu blog nos comentários. A única condição é que o blog tenha mais de um ano.

O Nerd Com Chiclete já fez seu post me divulgando, agora é hora de retribuir.


O blog da Sarah Vitoria foi criado há um mês, e contém de tudo um pouco: músicas, design, moda, contos e curiosidades em geral. E caso você queira ver outra coisa, pode dar sua sugestão via ask. Então, você também faz o blog, o que deixa tudo mais divertido.

Gostaram? Então visitem, não vão se arrepender!

A Vigília de Hero - Manuel Bandeira

domingo, 18 de agosto de 2013


Hoje vou publicar uma das minhas poesias preferidas, de um autor que adoro. Além de linda, é baseada numa história da mitologia grega, se quiser saber um pouco mais é só acessar aqui





A VIGÍLIA DE HERO
(Manuel Bandeira)


Tu amarás outras mulheres
E tu me esquecerás!
É tão cruel, mas é a vida. E no entanto
Alguma coisa em ti pertence-me!
Em mim alguma coisa és tu.
O lado espiritual do nosso amor
Nos marcou para sempre.
Oh, vem em pensamento nos meus braços!
Que eu te afeiçoe e acaricie...

Não sei por que te falo assim de coisas que não são.
Esta noite, de súbito, um aperto
De coração tão vivo e lancinante
Tive ao pensar numa separação!
Não sei que tenho, tão ansiosa e sem motivo.
Queria ver-te... estar ao pé de ti...
Cruel volúpia e profunda ternura dilaceram-me.

É como uma corrida, em minhas veias,
De fúrias e de santas para a ponta dos meus dedos
Que queriam tomar tua cabeça amada,
Afagar tua fronte e teus cabelos,
Prender-te a mim por que jamais tu me escapasses!

Oh, quisera não ser tão voluptuosa!
E todavia
Quanta delícia ao nosso amor traz a volúpia!
Mas faz sofrer... inquieta...
Ah, como poderei contentá-la, jamais!
Quisera calmá-la na música... Ouvir muito, ouvir muito...
Sinto-me terna... e sou cruel e melancólica!

Possui-me como sou na ampla noite pressaga!
Sente o inefável! Guarda apenas a ventura
Do meu desejo ardendo a sós
Na treva imensa... Ah, se eu ouvisse a tua voz!



(Do livro Estrela da Vida Inteira, de Manuel Bandeira, editora Nova Fronteira)

Reações

sexta-feira, 16 de agosto de 2013


Uma sensação que começa no estômago e se concentra no ventre, passando nas coxas e enfraquecendo as pernas. Depois volta pelo mesmo caminho, tão devastadora quanto fogo, crava-se no coração até acabar na garganta, onde me sufoca. No fim deixa um bem estar infinito e também um prazer insatisfeito, além de confusão mental e corporal.

Alguns chamam esta sensação de borboletas, ou contrações musculares. Ou mesmo amor.

Mas, para mim, é mais adequado chamá-la pelo o seu nome.

Fragmentados

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

O que dizer sobre nós dois? Somos tão imperfeitos que perdemos o significado diante das muitas palavras que poderiam nos descrever. Tentamos nos compreender fixando os olhos no presente, mas um jorro do vazio nos afoga; o mesmo vazio que chamamos de amor e que tentamos preencher com a companhia um do outro. A sincronicidade das nossas vidas descolore o mundo, contudo, os tons preto e cinza sempre se adequaram à perversidade humana. Somos perversos? Talvez. Mas também temos a decência de não cairmos na hipocrisia. Eu não quero que nos apaixonemos, quero somente o seu corpo enquanto ele ainda me atrai. Quero que me mate a cada instante e finja que deseja o meu bem. Espero que me leve ao seu inferno, tão ambíguo quanto seus escritos que nunca entendo. Não existe nenhum caminho para a felicidade, porém se existisse ele desembocaria em sua alma. Mas a felicidade é só uma arma usada contra nós para nos ferir no futuro, e possivelmente quem irá me ferir é você.


Ariana M.
in Fragmentados






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